| CASTELO DE SANTIAGO DO CACÉM
Classificação: Castelo
Cronologia: Ocupação muçulmana – século XVII (XXI – século a que chegou o imóvel).
Situação: No cimo da colina onde se implantou a vila (hoje cidade).
Propriedade: Pertence ao Estado, embora tutelado pelo IPPAR.
Situação: No cimo da colina onde se implantou a vila (hoje cidade).
Propriedade: Pertence ao Estado, embora tutelado pelo IPPAR.
Referências: Almeida e Belo (2008); Matias e Sobral (2001); Mendonça e Oliveira (2005).
Classification: Castle.
Chronology: Muslim occupation – 17th century (21st – century the property reached).Location: At the top of the hill where the village was located (today a city).
Property: Belongs to the State, although protected by IPPAR.
References: Almeida and Belo (2008); Matias and Sobral (2001); Mendonça and Oliveira (2005).
Classement : Château.
Chronologie : Occupation musulmane – XVIIe siècle (21e – siècle atteint par le bien).
Localisation : Au sommet de la colline où se trouvait le village (aujourd'hui une ville).Propriété : Appartient à l'Etat, bien que protégé par IPPAR.
Références : Almeida et Belo (2008) ; Matias et Sobral (2001) ; Mendonça et Oliveira (2005).

Este castelo é de origem moura e foi construído no século VIII, entre 712 e 715, segundo alguns historiadores. Outros defendem ter sido durante o califado de Córdova (756-1031).
A reutilização de uma anterior estrutura defensiva romana aqui existente, poderá ter sido o ponto de partida para os ocupantes mouros erguerem este baluarte. Um castelo de montanha, trapezoidal, com barbacã (muro anterior às muralhas) muito baixa e panos de muralha retilíneos, reforçados por cubelos circulares (uma inovação na arquitetura militar da época), e quadrangulares, provido de alcáçova com vãos quebrados e em asa-de-cesto e uma cisterna abobadada.
No ano 1158, os Cavaleiros da Ordem do Templo (de Salomão), mais conhecidos por Templários, conquistam o castelo de Cacém aos mouros. E a partir dessa data, este ponto defensivo passa a ser alvo de disputa entre cristãos e mouros, mudando várias vezes de mão. No ano 1186 é tomado pelos freires da Ordem de Santiago, tendo-lhes o então rei de Portugal, D. Sancho I, feito a doação deste lugar. Em 1191, o poderoso califa almoáda Al-Mansor invade o território português e apodera-se do castelo. Só no ano 1217 é que este regressa às mãos dos Cavaleiros da Ordem de Santiago.
Durante o período de 1310 a 1336, a vila e o castelo foram pertença de D. Vataça Lascaris, nobre bizantina, dama da corte da rainha Santa Isabel. No entanto, por sua morte (1336), a vila e o castelo regressaram à administração da Ordem de Santiago.
Durante a revolução de 1383-85, o castelo foi ocupado pelos exércitos do rei de Castela, por este reclamar para si a coroa portuguesa, após a morte do seu sogro e rei de Portugal, D. Fernando.
A partir do século XVI esta fortaleza perdeu importância militar e o próprio edifício entrou em decadência, ao ponto de ruírem alguns muros e parte da barbacã. No século XVIII, o imóvel encontra-se bastante degradado, para o que também contribuiu o terramoto de 1755 – que destruiu quase por completo a capital portuguesa, Lisboa.
No início do século XX o castelo foi classificado como Monumento Nacional, tendo posteriormente sofrido grandes obras de restauro e recuperação. A entrada no recinto é feita por uma porta emoldurada por um arco quebrado, encimado por duas pedras de armas: a da esquerda com duas insígnias da Ordem de Santiago da Espada (uma cruz com vieiras e uma espada) e a da direita com o brasão real de Portugal Antigo. No interior, ocupado desde 1838 pelo cemitério municipal, ainda subsistem vestígios importantes, como o poço-cisterna e restos de antigas edificações.
This castle is of Moorish origin and was built in the 8th century, between 712 and 715, according to some historians. Others claim it was during the Caliphate of Cordoba (756-1031).
The reuse of a former Roman defensive structure existing here may have been the starting point for the Moorish occupants to erect this bastion. A trapezoidal mountain castle with a very low barbican (wall before the walls) and straight wall panels, reinforced by circular turrets (an innovation in military architecture at the time) and quadrangular ones, fitted with a citadel with broken spans and a wing. de-basket and a vaulted cistern.
In the year 1158, the Knights of the Order of the Temple (of Solomon), better known as Templars, conquered the castle of Cacém from the Moors. And from that date, this defensive point became the target of dispute between Christians and Moors, changing hands several times. In the year 1186 it is taken by the friars of the Order of Santiago, and the then King of Portugal, D. Sancho I, donated this place. In 1191, the powerful Almohad caliph Al-Mansor invaded Portuguese territory and seized the castle. It was not until 1217 that it returned to the hands of the Knights of the Order of Santiago.
During the period from 1310 to 1336, the town and castle belonged to D. Vataça Lascaris, a Byzantine noblewoman, lady of the court of Queen Santa Isabel. However, on her death (1336), the town and castle returned to the administration of the Order of Santiago.
During the revolution of 1383-85, the castle was occupied by the armies of the king of Castile, as he claimed the Portuguese crown for himself after the death of his father-in-law and king of Portugal, D. Fernando.
From the 16th century onwards, this fortress lost military importance and the building itself fell into decay, to the point where some walls and part of the barbican collapsed. In the 18th century, the property is quite degraded, to which the 1755 earthquake – which almost completely destroyed the Portuguese capital, Lisbon – also contributed.
At the beginning of the 20th century, the castle was classified as a National Monument, and later underwent major restoration and restoration work. The entrance to the enclosure is made through a door framed by a broken arch, surmounted by two weapons stones: the left one with two insignia of the Order of Santiago da Espada (a cross with scallops and a sword) and the right one with the coat of arms Royal Palace of Ancient Portugal. In the interior, occupied since 1838 by the municipal cemetery, important remains still exist, such as the well-cistern and the remains of old buildings.
Ce château est d'origine mauresque et a été construit au VIIIe siècle, entre 712 et 715, selon certains historiens. D'autres prétendent que c'était pendant le califat de Cordoue (756-1031).
La réutilisation d'une ancienne structure défensive romaine existante ici a peut-être été le point de départ pour les occupants mauresques d'ériger ce bastion. Un château de montagne trapézoïdal avec une barbacane très basse (mur avant les murs) et des panneaux muraux droits, renforcés par des tourelles circulaires (une innovation dans l'architecture militaire à l'époque) et quadrangulaires, équipé d'une citadelle à travées brisées et d'une aile. de -panier et une citerne voûtée.
En 1158, les Chevaliers de l'Ordre du Temple (de Salomon), plus connus sous le nom de Templiers, conquirent le château de Cacém aux Maures. Et à partir de cette date, ce point défensif devient la cible de disputes entre chrétiens et maures, changeant plusieurs fois de mains. En 1186, il est pris par les frères de l'Ordre de Santiago, et le roi du Portugal d'alors, D. Sancho I, a fait don de ce lieu. En 1191, le puissant calife almohade Al-Mansor envahit le territoire portugais et s'empara du château. Ce n'est qu'en 1217 qu'il revient aux mains des Chevaliers de l'Ordre de Santiago.
Pendant la période de 1310 à 1336, la ville et le château appartenaient à D. Vataça Lascaris, une noble byzantine, dame de la cour de la reine Santa Isabel. Cependant, à sa mort (1336), la ville et le château sont revenus à l'administration de l'Ordre de Santiago.
Pendant la révolution de 1383-85, le château fut occupé par les armées du roi de Castille, qui revendiquait la couronne portugaise après la mort de son beau-père et roi du Portugal, D. Fernando.
A partir du XVIe siècle, cette forteresse perd de son importance militaire et le bâtiment lui-même tombe en décrépitude, au point que certains murs et une partie de la barbacane s'effondrent. Au XVIIIe siècle, la propriété est assez dégradée, à laquelle le tremblement de terre de 1755 - qui a presque entièrement détruit la capitale portugaise, Lisbonne - a également contribué.
Au début du XXe siècle, le château est classé Monument National, puis subit d'importants travaux de restauration et de restauration. L'entrée de l'enceinte se fait par une porte encadrée d'un arc brisé, surmonté de deux pierres d'armes : celle de gauche avec deux insignes de l'Ordre de Santiago da Espada (une croix avec des coquilles Saint-Jacques et une épée) et celle de droite avec le armoiries Palais Royal du Portugal antique. A l'intérieur, occupé depuis 1838 par le cimetière municipal, d'importants vestiges subsistent, tels que la citerne du puits et les vestiges d'anciens bâtiments.