IGREJA DA MISERICÓRDIA - Associação Cultural Santiago do Cacém

Go to content
|  IGREJA DA MISERICÓRDIA  
Classificação: Templo
Cronologia:   Séculos XVI- XXI
Situação: Localizado no gaveto da Rua Dr. Manuel de Arriaga, com a Rua da Misericórdia
Propriedade: Pertence à Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém
Referências: Sobral, Carlos; Património Edificado de Santiago do Cacém- Breve Inventário; Edição Colibri/CMSC, Julho 2001;  https://www.cm-santiagocacem.pt/wp-content/uploads/À-Descoberta-do-Património-Edificado.pdf ; Anjos 1933:8 ; Barata 1993: 29,32; Barbosa 1862:30 ; Soares s.d: 9,15,16,17,58,63; Id.1988:187-202; (Cfr, AN/TT, Dicionário Geográfico 758:121


Classification: Temple
Chronology: XVIe-21e siècles
Location: Situé au coin de la Rua Dr. Manuel de Arriaga, avec la Rua da Misericórdia
Property: Appartient à Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém
References:Sobral, Carlos ;Patrimoinebâti de Santiago do Cacém - Brefinventaire ; Édition Colibri/CMSC, juillet 2001 ; https://www.cm-santiagocacem.pt/wp-content/uploads/À-Descoberta-do-Património-Edificado.pdf ; Anges 1933 : 8 ; Cafard 1993 : 29,32 ; Barbosa 1862 : 30 ; Soares s.d : 9.15.16.17.58.63 ; Id. 1988 : 187-202 ; (Cfr, AN/TT, DictionnaireGéographique 758:121
 

Classement :Temple
Chronologie : 16th-21st centuries
Localisation : Locatedonthecornerof Rua Dr. Manuel de Arriaga, with Rua da Misericórdia
Propriété : Belongs to Santa Casa da Misericórdia of Santiago do Cacém
Références : Sobral, Carlos; BuiltHeritageof Santiago do Cacém- BriefInventory; Colibri/CMSC Edition, July 2001; https://www.cm-santiagocacem.pt/wp-content/uploads/À-Descoberta-do-Património-Edificado.pdf ;Angels 1933:8; Cockroach 1993: 29.32; Barbosa 1862:30; Soares s.d: 9.15.16.17.58.63; Id. 1988:187-202; (Cfr, AN/TT, GeographicalDictionary 758:121

A maioria dos autores refere que a Igreja da Misericórdia foi fundada e construída nos finais do século XV ou nos inícios do século XVI, altura em que o Manuelino se afirmava, sendo que, em alguns textos, que foi a família Estaço quem a fundou , nomeadamente João Estaço muito embora não o fizesse sozinho, mas na companhia de “…muitas casas ilustres e ricas que povoavam a villa…” e que “… nunca deixariam de marcar presença na fundação da nossa Misericórdia”.
 
 
Assim, constata-se que, logo em1591, a Misericórdia recebe a avultada quantia de um padrão de 100$000 réis de juros, deixados por Estêvão Lourenço de Avelar, para sustento dos pobres e dotes de três órfãs, conforme se verificava através de uma inscrição lapidar que se encontrava no interior da Igreja (Cfr, AN/TT, Dicionário Geográfico 758:1217).
 
 
Na segunda metade do século XVII (1678), o templo é reedificado, na altura em que o provedor era Cristovão de Brito Varela, tal como inscrição colocada no extradorso do terceiro arco votante e que foi recenseada por Falcão (1979:3), seguindo-se-lhe uma segunda, que era apontada como tendo sido feita um ano após o terramoto de 1755, sendo também, a que mais descaracterizou a primitiva Igreja e que lhe inverteu a orientação, ele amo do Provedor Miguel Inácio Falcão Beja (Falcão 1979:3), que, para o efeito empenhou todos os seus bens (Soares s.d: 17). No entanto, Falcão (1995:31,32) avançou que as obras de restruturação, não no ano seguir ao terramoto (1756), mas entre 1759 e 1769. Na centúria a seguir, nomeadamente a 9 de março de 1895, embora se aponte também de 25 de julho, assiste-se a um incendio que assola este templo, talvez por vias de mãos criminosas, contudo não se verifica grandes modificações importantes.
 
 
No conjunto da frontaria, espaço onde se situava a antiga capela- mor manuelina, a Igreja apresenta um alto portal e um janela barroco, onde foi colocada uma cruz de trevo e um medalhão, em forma de coração, com as cinco chagas de Cristo, a par de uma larga escadaria, construída com vários fragmentos de lápides sepulcrais integradas entre o piso dos degraus, mais precisamente no quinto, oitavo e décimo segundo. No alçado lateral esquerdo, o mestre de obras, optou por consolidar os empuxo dos muros com a construção de três fortes arcos votantes, dois dos quais servindo de moldura a um ornamento portal manuelino. A abertura dá acesso ao interior da nave, que em conjunto com o lintel da fenestração lateral da capela-mor, evidencia motivos vegetalistas marcados pela forte presença de alcachofras, um dos símbolos vegetalistas que representa a ressurreição de Cristo. Segundo Falcão (1979: 3), teria sido esta a porta principal do templo.
 
O alçado posterior, voltado para a Praça Conde do Bracial, integrou a capela - mor setecentista, saliente do corpo da Igreja e coberta por um telhado de duas águas, a sacristia, com acesso à capela-mor e à capela do Senhor dos Passos (ligação actualmente utilizada como confessionário), e, na extensão , parte da cerca do antigo cemitério da Misericórdia que, devido, ao aumento demográfico verificado nos inícios do século XIX e por restantes Igrejas, foi construído para o efeito, no ano de 1808 (Ap. Soares s.d:58,63).
 
 
Na planta do templo assiste-se a uma nave única, espaço onde estiveram sepultadas as famílias de Estêvão Lourenço de Avelar (V. Falcão 1979:3; Silva 1866: 62) entre outras famílias e personalidades.
 
 
O principal recheio do interior da Igreja compreende o retábulo da capela -mor, estrutura de cariz arquitectónico onde predominam nichos, marmoreados, símbolos de iconografia cristã, imagens de santos e muitas formas neoclássicas, obra do pós- terramoto e que substituiu a antiga estrutura de 1742/43, realizada pelo entalhador António da Fonseca, em talha joanina (cfr. Falcão 1995); o altar e a maquineta com a imagem do Senhor dos Passos, a capela está situada em frente à da Nossa Senhora das Dores ( utilizada na procissão do mesmo nome), sendo de destacar o lenço que a imperatriz do Brasil lhe ofereceu; o altar e a maquineta com a imagem do Senhor dos Passos, a capela está situada em frente à da Nossa Senhora das Dores, peça articulada do tipo de roca, possivelmente da primeira década do século XVIII  ( Cfr. Id. 1995:15,16;1986:13,14); o arcaz da sacristia, de acabamentos muito simples, embora com ferragens muito interessantes; e, o baptistério possui um nicho com a imagem de S. João Baptista, espalhadas pelas diversas dependências setecentistas.
 
 
No pequeno logradouro, encontra-se um importante conjunto de azulejos ( juntamente com um conjunto de fragmentos azulares), derivando o seu enorme valor do facto de se situarem, cronológica e estilisticamente entre os séculos XVII e XX, sendo que, os mais antigos são provenientes da Igreja Matriz e encontram-se a forrar integralmente um oratório ao livre, que possivelmente será o altar oitocentista do cemitério da Misericórdia (V. Soares s.:63), num padrão fitomórfico do século XVII, que privilegia a figura de uma rosa. Seguem-se os que fazem a transição entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, uma produção monocroma neoclássica, embora com o friso policromo e rodapé esponjado, aparentando semelhanças com os silhares, da mesma altura, do palácio da Carreira; vêm depois os que se situam estilisticamente no século XIX, e que, inclusivamente, podem ainda ter saído de uma produção das primeiras décadas XX, que apresentam um padrão policromo industrializado ( com figuras geométricas e flores estilizadas), igual ao da capela do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz; finalmente os azulejos do século XX revêem-se no painel neoseiscentistaSanto António a Pregar aos Peixes, de N. Ramos
 
( Cativa), cópia de uma produção original, da primeira metade do século XVII, presente no Museu Antoniano (Lisboa) .
 
 
Por fim, podemos ainda identificar fragmentos de azulejos industrializados, ainda do século XIX ou das primeiras décadas de XX, de policromia azul e amarelo torrada, com motivos fitomórficos aproximados aos das folhas de videira, elementos que se com um alto valor eucarístico; ou ainda alguns azulejos vindos de uma simplificação de ornatos vegetalistas dispostos diagonalmente (em malha ou em rede). A origem de todo este importante conjunto, provém, em grande parte, de várias obras efectuadas na Igreja Matriz.
 
 
O património da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém foi também alvo de registo, identificado e inventariado num total de trinta volumes , entre anteriores e posteriores ao terramoto de 1755, datados de 1688 e 1867.
Mostauthorsstatethatthe Igreja da Misericórdia wasfoundedandbuiltattheendofthe 15th centuryoratthebeginningofthe 16th century, when Manuelino asserteditself, and in some textsitwasthe Estaço familywhofoundedit, namely João Estaço, althoughhedidnot do italone, but in thecompanyof “…manyillustriousandrichhousesthatpopulatedthevillage…” andthat “…wouldneverfail to bepresent in thefoundationofour Misericórdia”.
 
Thus, itappearsthat, as early as 1591, the Misericórdia receivedthehefty sum of a standard of 100$000 réis in interest, leftby Estêvão Lourenço de Avelar, to supportthepooranddowriesofthreeorphans, as verifiedthroughaninscriptionstonethatwasfoundinsidetheChurch (Cfr, AN/TT, GeographicalDictionary 758:1217).
 
In thesecondhalfofthe 17th century (1678), thetemplewasrebuilt, atthe time whentheproviderwasCristovão de Brito Varela, as aninscriptionplacedontheextradosofthethirdvotingarchandwhichwasregisteredby Falcão (1979:3), following to him a second, whichwaspointed out as havingbeenmade a yearaftertheearthquakeof 1755, beingalsotheonethatmostmischaracterizedtheprimitiveChurchandthatreverseditsorientation, the master ofthe Ombudsman Miguel Inácio Falcão Beja (Falcão 1979) :3), who, for thepurpose, pledgedallhisgoods (Soares sd: 17). However, Falcão (1995:31,32) statedthattherestructuringworks, not in theyearfollowingtheearthquake (1756), butbetween 1759 and 1769. Also onthe 25th ofJuly, thereis a firethatdevastatesthistemple, perhapsthrough criminal hands, howeverthere are no major changes.
 
In theentiretyofthefront, spacewheretheformerManuelinechancelwaslocated, theChurchhas a high portal and a baroquewindow, where a trefoil cross and a medallion, in theshapeof a heart, withthefivewereplaced. woundsofChrist, alongwith a widestaircase, builtwithseveralfragmentsoftombstonesintegratedbetweenthefloorofthe steps, more precisely in thefifth, eighthandtwelfth. Ontheleftsideelevation, theforemanchose to consolidatethestrengthofthewallswiththeconstructionofthreestrongvotingarches, twoofwhich serve as a frame for a “Manuelino” portal ornament. Theopeninggivesaccess to the interior ofthe nave, which, togetherwiththe lintel ofthechancel's lateral fenestration, shows plantmotifsmarkedbythestrongpresenceofartichokes, oneoftheplantsymbolsrepresentingtheresurrectionofChrist. According to Falcão (1979: 3), thiswouldhavebeenthemaindoorofthetemple.
 
Therearelevation, facing Praça Conde do Bracial, waspartofthe 18th centurymainchapel, protrudingfromtheChurch's body andcoveredby a gabledroof, thesacristy, withaccess to thechancelandthechapelof Senhor dos Passos (connectioncurrentlyused as a confessional), and, in theextension, partofthefenceoftheold Misericórdia cemeterywhich, due to thedemographicincreaseobserved in thebeginningofthe 19th centuryandbyotherchurches, wasbuilt for thispurpose in theyearof 1808 (Ap. Soares sd:58,63).
 
Onthefloorplanofthetemple, thereis a single nave, a spacewherethefamiliesof Estêvão Lourenço de Avelar (V. Falcão 1979:3; Silva 1866: 62) wereburied, amongotherfamiliesandpersonalities.
 
Themainfillingofthe interior oftheChurchcomprisesthealtarpiece in thechancel, anarchitecturalstructurewhereniches, marbled, symbolsof Christian iconography, imagesofsaintsandmanyneoclassicalforms, workfromthepost-earthquakeandwhichreplacedtheoldstructureof 1742/43, madebythewoodcarver António da Fonseca, in Joaninecarving (cf. Falcão 1995); the altar andthemachinewiththeimageof Senhor dos Passos, thechapelislocated in frontofthe Nossa Senhora das Dores (used in theprocessionofthesamename), withtheempressofBrazilofferingher a scarf; the altar andthe maquineta withtheimageof Senhor dos Passos, thechapelislocated in frontofthe Nossa Senhora das Dores, articulatedpieceofthe roca type, possiblyfromthefirstdecadeofthe 18th century ( Cfr. Id. 1995:15 16;1986:13.14); thesacristychest, withverysimplefinishes, althoughwithveryinterestingfittings;and, thebaptisteryhas a nichewiththeimageof St. John the Baptist, spread overthevarious 18th-century dependencies.
 
In thesmall street, thereisanimportant set of tiles (alongwith a set ofbluefragments), derivingtheirenormousvaluefromthefactthatthey are located, chronologicallyandstylistically, betweenthe 17th and 20th centuries. ancientones come fromthe Igreja Matriz and are found to befullyliningan open oratory, whichwillpossiblybethe 19th century altar ofthe Misericórdia cemetery (V. Soares s.: 63), in a 17th centuryphytomorphicpattern, whichfavorsthe figure of a rose. These are followedbythosewhomakethetransitionbetweentheendofthe 18th centuryandthefirstdecadesofthe 19th century, a neoclassicalmonochromeproduction, althoughwiththepolychromefriezeandspongedskirting, showingsimilaritieswiththeashlars, ofthesameheight, ofthe Palácio da Carreira ; then come thosethat are stylisticallysituated in the 19th century, andwhichmayevenhave come from a productionofthefirstdecadesofthe 20th century, whichpresentanindustrializedpolychromepattern (withgeometric figures andstylizedflowers), similar to thatofthechapeloftheBlessedSacramentoftheParishChurch; finally, the 20th century tiles are seen in theneo-seventeenth-centurypanel Santo António a Pregar ao Peixes, by N. Ramos
 
(Captive), copyofan original production, fromthefirsthalfofthe 17th century, present in the Antoniano Museum (Lisbon).
 
 
Finally, we can alsoidentifyfragmentsofindustrialized tiles, fromthe 19th centuryorthefirstdecadesofthe 20th, withblueandbrightyellowpolychrome, withphytomorphicmotifs similar to thoseofvineleaves, elementsthathave a highEucharisticvalue; oreven some tiles coming from a simplificationof vegetal ornamentsarrangeddiagonally (meshor net). Theoriginofallthisimportantgroup comes, in largepart, fromvariousworkscarried out in the Igreja Matriz.
 
 Thepatrimonyofthe Santa Casa da Misericórdia of Santiago do Cacém wasalsoregistered, identifiedandinventoried in a total ofthirty volumes, betweenbeforeandafterthe 1755 earthquake, datingfrom 1688 and 1867.


La plupartdesauteursaffirment que l'Igreja da Misericórdia a étéfondéeetconstruite à la finduXVesiècle ou au débutduXVIesiècle, lorsque Manuelino s'estaffirmé, etdanscertainstextesc'est la famille Estaço qui l'afondée, à savoir João Estaço, bienqu'ilnel'aitpasfaitseul, mais encompagnie de «…beaucoup de maisonsillustresetriches qui peuplaientlevillage…» et qui «…nemanqueraient jamais d'êtreprésentesdans la fondation de notre Misericórdia».
 
Ainsi, ilapparaît que, dès 1591, la Misericórdia a reçu la lourdesomme d'une norme de 100 000 $ réis enintérêts, laissée par Estêvão Lourenço de Avelar, poursoutenirlespauvreset la dot de troisorphelins, commevérifié par une pierre d'inscriptiontrouvé à l'intérieur de l'Église (Cfr, AN/TT, DictionnaireGéographique 758:1217).
 
Dans la secondemoitiéduXVIIesiècle (1678), letemple a étéreconstruit, à l'époqueoùlefournisseurétaitCristovão de Brito Varela, comme une inscriptionplacéesurl'extradosdutroisièmearc de vote et qui a étéenregistrée par Falcão (1979 : 3), à la suite de lui une seconde, qui a étésignaléecommeayantétéfaiteunanaprèsletremblement de terre de 1755, étantaussicelle qui a leplusdénaturél'Égliseprimitiveet qui a inversésonorientation, le maître de l'Ombudsman Miguel Inácio Falcão Beja (Falcão 1979) :3), qui, à ceteffet, a mis en gage toussesbiens (Soares sd: 17). Cependant, Falcão (1995:31,32) a déclaré que lestravaux de restructuration, non pasdansl'annéesuivantletremblement de terre (1756), mais entre 1759 et 1769. Égalementle 25 juillet, un incendie ravagecetemple, peut-être par desmainscriminelles, mais il n'y a pas de changementsmajeurs.
 
Dans l'intégralité de la façade, espace où se trouvaitl'ancienchœurmanuélin, l'églisepossèdeunhautportailet une fenêtrebaroque, oùontétéplacés une croixtrilobéeetunmédaillon, en forme de cœur, aveclescinqblessures de Christ, accompagné d'unlargeescalier, construitavecplusieursfragments de pierrestombalesintégrés entre leplancherdes marches, plusprécisémentauxcinquième, huitièmeetdouzième. Surl'élévationlatérale gauche, lecontremaître a choisi de consolider la soliditédesmursavec la construction de troisarcs de vote forts, dontdeuxservent de cadre à unornement de portailmanuélin. L'ouverturedonneaccès à l'intérieur de la nef qui, aveclelinteau de la fenestrationlatéraleduchoeur, présentedesmotifsvégétauxmarqués par la forte présencedesartichauts, l'undessymbolesvégétauxreprésentant la résurrectionduChrist. Selon Falcão (1979 : 3), cela auraitété la porte principaledutemple.
 
L'élévationarrière, face à la Praça Conde do Bracial, faisaitpartie de la chapelleprincipaleduXVIIIesiècle, dépassantducorps de l'égliseetcouverte d'untoit à pignon, la sacristie, avecaccès au chœuret à la chapelle de Senhor dos Passos (raccordactuellementutilisécommeconfessionnal), et, dansleprolongement, une partie de la clôture de l'anciencimetière de Misericórdia qui, enraison de l'augmentationdémographiqueobservée au débutduXIXesiècleet par d'autreséglises, a étéconstruite à ceteffeten 1808 (Ap. Soares sd:58,63).
 
Surleplan d'étagedutemple, il y a une seulenef, un espace oùlesfamilles d'Estêvão Lourenço de Avelar (V. Falcão 1979:3; Silva 1866: 62) ontétéenterrées, parmi d'autresfamillesetpersonnalités.
 
 
Leremplissage principal de l'intérieur de l'églisecomprendleretableduchœur, une structurearchitecturaleoùniches, marbrées, symboles de l'iconographiechrétienne, images de saintset de nombreuses formes néoclassiques, oeuvres de l'après-séismeet qui ontremplacél'anciennestructure de 1742/43, réalisée par lesculpteursur bois António da Fonseca, dans la sculptureJoanine (cf. Falcão 1995); l'autelet la machine à l'effigie de Senhor dos Passos, la chapelleestsituéedevant la Nossa Senhora das Dores (utiliséedans la processiondumême nom), avecl'impératriceduBrésil lui offrantunfoulard ; l'autelet la maquineta avecl'image de Senhor dos Passos, la chapelleestsituéedevant la Nossa Senhora das Dores, piècearticulée de type roca, probablement de la première décennieduXVIIIesiècle (Cfr. Id. 1995:15 16;1986 :13.14); lecoffre de la sacristie, auxfinitionstrès simples, mais avecdesgarniturestrèsintéressantes ; et, lebaptistère a une nicheavecl'image de Saint-Jean-Baptiste, répartiesurlesdifférentesdépendancesduXVIIIesiècle.
 
 
Dans la petite rue, il y a unimportant ensemble de carreaux (avecun ensemble de fragmentsbleus), tirantleurénormevaleurdufaitqu'ils se situent, chronologiquementetstylistiquement, entre lesXVIIeetXXesiècles. Igreja Matriz etrecouvrententièrementunoratoireouvert, qui serapeut-êtrel'autelduXIXesiècleducimetière de Misericórdia (V. Soares s.: 63), dansunmotifphytomorpheduXVIIesiècle, qui privilégie la figure d'une rose. Viennentensuiteceux qui font la transition entre la finduXVIIIesiècleetles premières décenniesduXIXesiècle, une productionmonochromenéoclassique, bienqu'avec une frise polychromeetdesplinthesenéponge, montrantdes similitudes aveclespierres de taille, de mêmehauteur, du Palácio da Carreira ; viennentensuitecelles qui se situentstylistiquement au XIXesiècle, et qui peuventmêmeprovenir d'une productiondes premières décenniesduXXesiècle, qui présententunmotifpolychromeindustrialisé (avecdes figures géométriquesetdesfleursstylisées), semblable à celuideschapelledu Saint-Sacrement de l'égliseparoissiale ; enfin, lescarreauxduXXesièclesontvisiblesdanslepanneaunéo-XVIIesiècle Santo António a Pregar ao Peixes, par N. Ramos
 
(Captif), copie d'une productionoriginale, de la première moitiéduXVIIesiècle, présente au Musée Antoniano (Lisbonne).
 
Enfin, onpeutégalementidentifierdesfragments de tuilesindustrialisées, duXIXesiècle ou des premières décenniesduXXe, à polychromiebleueetjaunevif, avecdesmotifsphytomorphessimilaires à ceuxdesfeuilles de vigne, éléments à hautevaleureucharistique ; ou encore quelquescarreauxissus d'une simplification d'ornementsvégétauxdisposésendiagonale (enmaille ou enfilet). L'origine de toutcetimportantgroupeprovient, en grande partie, de diverstravauxréalisésdansl'Igreja Matriz.
 
Lepatrimoine de la Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém a égalementétéenregistré, identifiéetinventoriédansun total de trente volumes, entre avantetaprèsletremblement de terre de 1755, datant de 1688 et 1867.
Enviar para trás